sábado, 20 de junho de 2009

Sabendo mais sobre Aids e HIV


A sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do
sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.


Formas de Contágio


A Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.


Principais Sintomas da Aids


Como já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.


Formas de Prevenção


A prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável.


Tratamento


Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma
vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

sábado, 13 de junho de 2009

A origem dos vírus


A origem dos vírus não é inteiramente clara, porém a explicação

atualmente favorecida é que eles sejam derivados de seus próprios hospedeiros, originando-se de elementos transferíveis como plasmídeos ou transposons (elementos transponíveis, são segmentos de DNA que têm a capacidade de mover-se e replicar-se dentro de um determinado genoma). Também tem sido sugerido que eles possam representar micróbios extremamente reduzidos, que apareceram separadamente no caldo primordial que deu origem às primeiras células, ou que as diferentes variedades de vírus teriam tido origens diversas e independentes. Quando não estão se reproduzindo, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital: não crescem, não degradam nem fabricam substâncias e não reagem a estímulos. No entanto, a sua capacidade reprodutiva é assombrosa: um único vírus é capaz de produzir, em poucas horas, milhões de novos indivíduos.

Outras partículas infectantes que são tão simples estruturalmente quanto os vírus incluem os viróides, virusóides, Satellite, Deltavirus (que na verdade são satellites/viróides), e príons (proteína).

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vírus viram arma contra bactérias resistentes aos antibióticos


Vírus contra bactérias


Um vírus comedor de bactérias poderá ser a nova arma para tratar infecções causadas por microorganismos que estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos.
Médicos da Universidade College London, Inglaterra, acabam de completar com sucesso os primeiros testes clínicos com um vírus bacteriófago, chamado Biophage-PA, que se mostrou capaz de destruir a bactéria Pseudomonas aeruginosa, causadora de fortes infecções no ouvido.


Resistência aos antibióticos

Os antibióticos têm sido eficazes no combate às infecções há décadas. Mas as bactérias têm armas contra eles: elas evoluem para se tornar resistentes aos antibióticos, seja secretando enzimas que os destroem, seja desenvolvendo mecanismos internos que expulsam os compostos químicos do medicamento do interior de suas células.
Com o desenvolvimento da resistência aos antibióticos pelas bactérias, doenças tidas como de fácil controle, como pneumonia e tuberculose, estão se tornando cada vez um problema de saúde pública.

Vírus destrói biofilmes

A Pseudomonas aeruginosa, causadora de infecções no ouvido, é particularmente difícil de combater porque as bactérias individuais se juntam para formar biofilmes, colônias que desenvolvem uma camada de açúcares e proteínas que as tornam até 1.000 vezes mais resistentes aos antibióticos.
Mas, com uma única dose do vírus Biophage-PA, que somente ataca esta bactéria, os médicos conseguiram curar pacientes que sofriam de infecções de ouvido causados por biofilmes de bactérias que não respondiam mais aos antibióticos.
Os vírus comedores de bactérias destroem os biofilmes de Pseudomonas aeruginosa, mas não atacam nenhuma outra bactéria no organismo.
Dose única
A maior vantagem do novo medicamento é o fato de ser tomado em dose única, ao contrário dos antibióticos, que exigem uma longa sequência de doses.
O esquecimento e o abandono do tratamento por parte dos pacientes estão entre as principais causas do aumento do desenvolvimento de resistência aos antibióticos por parte das bactérias.
Agora os médicos iniciarão novos testes de longo prazo, para verificar se as bactérias também conseguem desenvolver resistência aos vírus.